Um dos precursores do rock nacional, Arnaldo Brandão celebra 50 anos de carreira no Dolores Club, na Lapa
Cantor, compositor e multi-instrumentista desfila seus sucessos e histórias no dia 27 de setembro, às 20h, com participação especial de Renato Piau
“Noite do Prazer”, “Totalmente Demais”, “O Tempo não Para”, “Rádio Blá”… Estas são apenas algumas das pérolas imortalizadas na extensa galeria de hits de Arnaldo Brandão, que celebra 50 anos de carreira em uma noite histórica no Dolores Club, na Lapa, no dia 27 de setembro, sexta-feira, às 20h.
Integrante de parcerias que marcaram o rock nacional com nomes como Cazuza, Lobão, Blitz, entre muitos outros, Brandão classifica como pedra fundamental da sua carreira seu retorno ao Brasil, em meados dos anos 1970, após cerca de quatro anos em Londres, na Inglaterra. A partir daí, passou a acompanhar diversos artistas, de Raul Seixas e Luiz Melodia a Jorge Mautner e Ben Jor, dos Doces Bárbaros a Gonzaguinha e As Frenéticas. No fim da mesma década, já unia forças com Caetano Veloso e Vinícius Cantuária, primeiramente, fazendo o arranjo inconfundível da canção “Odara” e depois com o conjunto “A Outra Banda da Terra”, que provocou uma revolução trazendo uma nova levada para a música brasileira chamada “Ao Contrário”, que consistia no deslocamento do tempo forte para o tempo fraco.
A partir dos anos 1980, ele começa a consolidar sua marca na música como hitmaker. Em 1981, forma a banda de funk-reggae-soul Brylho, com Cláudio Zoli e Paulo Zdan, estourando nas paradas com “Noite do Prazer”. Em 1985, monta a banda Hanoi-Hanoi e, com Tavinho Paes e Robério Rafael, emplacou mais um hit, “Totalmente Demais”, gravado com Caetano Veloso em 1986. O grupo durou até 1994 e, nesse período, além de cinco álbuns, Brandão despontou com novos sons que se tornariam clássicos, como “Rádio Blá”, de 1987, com Lobão, e “O Tempo não Para”, com Cazuza, em 1988. Em carreira solo, lançou quatro álbuns: “Brandão e o Plano D” (2001), “Ao Vivo” (2005), Amnésia Programada (2010) e Brandão Psicopop (2020).
Estes e muitos outros sucessos farão parte do repertório do show, que também será recheado de histórias e ainda contará com a participação especial do cantor e compositor Renato Piau, grande parceiro de Luiz Melodia e com trajetória marcante com Chico Anysio, Sérgio Sampaio, Tim Maia e tantos outros.
Encontro com Jimi Hendrix e amizade com Rolling Stone
Ainda adolescente, Arnaldo Brandão começou a tocar na banda Bubbles (depois A Bolha), sensação dos bailes cariocas e que acompanhou Gal Costa na sua fase tropicalista, em 1970. Por meio dela, conheceu Caetano quando faziam shows em Portugal. Pouco depois, no mesmo ano, o encontrou com Gilberto Gil no festival da Ilha de Wight, na Inglaterra, onde tocaram juntos e abriram o último dia do evento, seguidos por ninguém menos que o guitarrista Jimi Hendrix em um dos seus últimos shows, já que faleceu poucos dias depois. Pelo mesmo palco, passaram The Doors, Sly and the Family Stone, Joni Mitchell, entre outros.
Em 1972, partiu para Londres, onde conheceu Rufus Collins, ator do Living Theater e amigo da Bianca Jagger (então mulher de Mick), que o apresentou a Mick Taylor, então guitarrista dos Rolling Stones. Ficaram tão amigos que moraram juntos por um tempo, até Brandão decidir retornar ao Brasil.
Single com Leoni saindo do forno
Brandão não para de criar e se prepara para o lançamento de um novo single: “O Amor e Seus Desvios”. O hit dançante é uma parceria com outro nome emblemático do pop rock nacional: Leoni. A novidade chega às plataformas no dia 11 de outubro.
Serviço:
Dolores Club
Endereço: Rua do Lavradio, 10, Lapa, Rio de Janeiro – RJ
Dia e horário: dia 27 de setembro, sexta-feira, às 20h (abertura da casa às 19h)
Entrada: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada), vendas pelo site https://bileto.sympla.com.br/event/97473/d/273829/s/1869883
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